A Dramática luta dos Trabalhadores Rodoviários de Maceió Pela Sobrevivência

12/09/2015 21:11

Cobradores e fiscais correm o risco de perder seus empregos em Maceió. Com o álibe de diminuir a violência de assaltos nos veículos a TRANSPAL e a Prefeitura de Maceió iniciaram um plano para a eliminação da função, que passa pela ampliação do sistema "Cartão bem Legal" e a diminuição do uso de dinheiro.

 

Ao contrário do que a Prefeitura e TRANSPAL alegam, é pouquíssimo provável que os veículos deixem de aceitar dinheiro vivo, visto a experiência de outras cidades, até mesmo do Sistema Metropolitanos (Marechal Dedoro, Barra de São Miguel, Pilar, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Satuba, Paripueira, Barra de Santo Antônio), onde o uso do cartão é seletivo, e o motorista acaba acumulando a função de condutor/cobrador, a chamada dupla função.

 

A dupla função é o verdadeiro risco aos usuários e rodoviários. Além de diminuir os postos de trabalhos e render maiores lucros as empresas, potencializa os riscos de acidentes, inclusive os graves. É fato de repercução nacional os acidentes ocorridos no Rio de Janeiro em que um veículos despencou do viaduto; ou a invasão de um coletivo a um parque em São Paulo, ambos os casos relacionados a essa prática de superexploração do motorista.

 

O discurso de "dar segurança aos passageiros" usado pela Prefeitura/TRANSPAL também não é convincente. Seria pouco inteligente e ingênuo achar que assaltantes deixariam de agir em ônibus meramente pela eliminação do cobrador e a diminuição no fluxo de caixa. Ao invés disso a ação criminosa será facilitada, é menos um rodoviário para se preocupar, e os passageiros passarão a ser o principal alvo dos assaltos. Com a medida a prefeitura diminui a exposição das empresas (que possuem seguro contra assaltos) e aumenta a exposição de passageiros.

 

Oposto a sua "proposta oficial" a eliminação da função de cobrador deve aumentar a criminalidade. Ao eliminar um emprego direto é comum que se eliminem também 2 ou 3 indiretos. A medida não meche só cobradores, mas também com o vendedor de cafezinho do terminal, a tia da lanchonete, o ateliê de fardamento, a loja de calçados, a barbearia, etc. Em tempos de crise, a medida respaldada pela prefeitura para atender aos interesses dos empresários pode ter impactos socioeconômicos jamais vistos na história recente do município e que devem agravar a probreza e violência já tão sentida pela população.

 

Um dos pontos mais graves dessa disposição da prefeitura é o de que o Governo Rui Palmeira se utilizou de um antigo sonho dos Maceioenses para atender aos interesses dos Empresários. Diferentes dos editais anteriores, o atual passa o sistema de bilhetagem para as empresas, ou seja, a licitação vai legalizar uma prática imoral: A prefeitura vai entregar os ovos de ouro, para que o lobo cuide, o que vai totalmente contra a opinião pública dos usuário de transporte de Maceió que guarda contra a TRANSPAL históricos sentimentos de revolta, desconfiança e desprezo.

 

Outro discurso evasivo da prefeitura é o de que a eliminação da função do cobrador não significará desemprego. O suposto remanejamento de cobradores para outras funções como venda de bilhetes, agente de bordo e funções administrativas nas empresas em nada assegura os empregos dos cobradores. É bem claro que estas funções não são garantia de emprego, tanto pela demanda, já que as empresas já possuem funcionários administrativos e em alguns poucos meses a maioria dos usuários já possuirão o cartão. O cenário de crise deixa o recado claro: Patrões não têm nenhum pudor em demitir trabalhadores para diminuir custos a qualquer preço.

 

Assim, em síntese, fica claro que a manobra TRANSPAL/Prefeitura em eliminar a função de Cobradores e fiscais é onerosa ao município. Pois favorece apenas os empresários e penaliza Rodoviários pela perda do emprego e usuários pela precarização ainda maior do serviço e pelo fato de que passageiros como principal alvo dos assaltos em ônibus.

 

Cobradores e fiscais correm o risco de perder seus empregos em Maceió. Com o álibe de diminuir a violência de assaltos nos veículos a TRANSPAL e a Prefeitura de Maceió iniciaram um plano para a eliminação da função, que passa pela ampliação do sistema "Cartão bem Legal" e a diminuição do uso de dinheiro.

 

Ao contrário do que a Prefeitura e TRANSPAL alegam, é pouquíssimo provável que os veículos deixem de aceitar dinheiro vivo, visto a experiência de outras cidades, até mesmo do Sistema Metropolitanos (Marechal Dedoro, Barra de São Miguel, Pilar, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Satuba, Paripueira, Barra de Santo Antônio), onde o apesar do uso do cartão é seletivo, e o motorista acaba acumulando a função de condutor/cobrador, a chamada dupla função.

 

A dupla função é o verdadeiro risco aos usuários e rodoviários. Além de diminuir os postos de trabalhos e render maiores lucros as empresas, potencializa os riscos de acidentes, inclusive os graves. É fato de repercução nacional os acidentes ocorridos no Rio de Janeiro em que um veículos despencou do viaduto; ou a invasão de um coletivo a um parque em São Paulo, ambos os casos relacionados a essa prática de superexploração do motorista.

 

O discurso de "dar segurança aos passageiros" usado pela Prefeitura/TRANSPAL também não é convincente. Seria pouco inteligente e ingênuo achar que assaltantes deixariam agir em ônibus meramente pela eliminação do cobrador e a diminuição no fluxo de caixa. Ao invés disso a ação criminosa será facilitada, é menos um rodoviário para se preocupar, e dezenas de passageiros que passarão a ser o principal alvo dos assaltos. Com a medida a prefeitura diminui a exposição das empresas (que possuem seguro contra assaltos) e aumenta a exposição de passageiros.

 

Oposto a sua "proposta oficial" a eliminação da função de cobrador deve aumentar a criminalidade. Ao eliminar um emprego direto é comum que se eliminem também 2 ou 3 indiretos. A medida não meche só cobradores, mas também com o vendedor de cafezinho do terminal, a tia da lanchonete, o ateliê de fardamento, a loja de calçados, a barbearia, etc. Em tempos de crise, a medida respaldada pela prefeitura para atender aos interesses dos empresários pode ter impactos socioeconômicos jamais vistos na história recente do município.

 

Um dos pontos mais graves dessa disposição da prefeitura é o de que o Governo Rui Palmeira se utilizou de um antigo sonho dos Maceioenses para atender aos interesses dos Empresários. Diferentes dos editais anteriores, o atual passa o sistema de bilhetagem para as empresas, ou seja, a licitação vai legalizar uma prática imoral: A prefeitura vai entregar os ovos de ouro, para que o lobo cuide, o que vai totalmente contra a opinião do usuários de transporte de Maceió que guarda contra a TRANSPAL históricos sentimentos de revolta, desconfiança e desprezo.

 

Outro discurso evasivo da prefeitura é o de que a eliminação da função do cobrador não significará desemprego. O suposto remanejamento de cobradores para outras funções como venda de bilhetes, agente de bordo e funções administrativas nas empresas em nada assegura os empregos dos cobradores. É bem claro que estão funções não garantia, tanto pela demanda, já que as empresas já possuem funcionários administrativos e em alguns poucos meses a maioria dos usuários já possuirão o cartão. O cenário de crise deixa o recado claro: Patrões não têm nenhum pudor em demitir trabalhadores para diminuir custos a qualquer preço.

 

Outro problema é a negligência do Sindicato dos Rodoviários que, apesar do nome, tem sido pouco ativo em medidas contra este ataque como a mobilização dos trabalhadores, denúnicia na imprensa, processos na justiça ou greve. Ao invés disto sua direção parece está mais dedicada a legitimar a perseguição das empresas aos rodoviários grevistas, visto que nada fizeram para evitar as demissões.

 

Assim, em síntese, fica claro que a manobra TRANSPAL/Prefeitura em eliminar a função de Cobradores e fiscais é onerosa ao município. Pois favorece apenas os empresários e penaliza Rodoviários pela perda do emprego e usuários pela precarização ainda maior do serviço e pelo fato de que passageiros como principal alvo dos assaltos em ônibus.

 

Confira a entrevista com o Rodoviário Mário Moral e a ativista Lú Araújo.